Jornalistas investigativos defendem a criação de rede global de informações

 
“É urgente o desenvolvimento de uma rede global que reúna informações compartilhadas de jornalistas investigativos”. (Foto: Juliana Granato)
Giannina Segnini, do La Nacion, Ying Chan, do Centro de Jornalismo e Estudos de Mídia da Universidade de Hong Kong, Charles Lewis, da Investigative Reporting Workshop, e Tom Giles, BBC Panorama, estiveram reunidos na PUC-Rio, nesta segunda (14), durante a Conferência Global de Jornalismo Investigativo, para debater “os futuros do jornalismo investigativo”. Consenso entre participantes, todos ressaltaram a urgência quanto ao desenvolvimento de uma rede global que reúna informações compartilhadas de jornalistas investigativos. Chan defendeu que os jornalistas devem pensar ‘fora da caixa’ e trabalhar globalmente, pois existem muitas histórias que precisam ser contadas. A Ásia, por exemplo, é um lugar do mundo pouco explorado no jornalismo investigativo.

Investigações sobre arquivos ocultos da ditadura

Trazer a público documentos que estão fora do alcance da população é o objetivo de Matheus Leitão e Rubens Valente, da Folha de S.Paulo, quando publicam reportagens investigativas sobre a história brasileira. Na mesa “Arquivos ocultos da ditadura”, eles explicaram o processo de investigação destas reportagens. Há cerca de dois anos, eles iniciaram um projeto que se desenvolveu em três frentes. A primeira foi maior divulgação em massa dos telegramas produzidos pelo Ministério das Relações Exteriores. Depois, os repórteres se engajaram na leitura de 250 processos para entender como funciona a impunidade no Brasil.