Os desafios do acesso a informações históricas

Matheus Leitão e Rubens Valente, jornalistas da sucursal da Folha de S. Paulo em Brasília, foram responsáveis pela publicação de uma série de reportagens que trouxe à tona arquivos confidenciais da ditadura militar brasileira. Na entrevista a seguir, feita após a mesa “Arquivos ocultos da ditadura” da Conferência Global de Jornalismo Investigativo, eles explicam o processo de apuração deste trabalho, que ganhou menção honrosa na categoria Jornal do prêmio Vladimir Herzog, e os obstáculos que enfrentaram para ter acesso aos arquivos históricos. Ivana Moreira (Veja – BH), Rubens Valente e Matheus Leitão (Folha de S. Paulo – Brasília)

O jornalista é um mediador. Você citou que é importante transformar assuntos densos em algo mais didático. O que é essencial para um jovem jornalista amadurecer quanto a isso?

Visualização de dados no jornalismo: uma nova maneira de narrar

A cultura do “faça você mesmo” é essencial para lidar com dados no jornalismo. Essa orientação ficou clara durante a palestra “Jornalismo de Dados no Brasil” da 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, realizada na manhã de hoje (14). No jornalismo de dados, a notícia e a história são contadas a partir de informações complexas, como banco de dados desordenados e construídos sem propósitos didáticos. Para Filipe Speck, jornalista do jornal gaúcho Zero Hora e um dos palestrantes, “quem trabalha com banco de dados tem que seguir o autodidatismo”. José Roberto Toledo, coordenador do site Estadão Dados, também valorizou a iniciativa pessoal do jornalista em se interessar por estatística, programação, design e visualização.