Faustini: “Quer me matar? Entra na fila!”

Depois de 35 anos de jornalismo, Eduardo Faustini não se arrepende de nenhuma reportagem que fez. Mesmo que, para seguir com o seu trabalho, seja obrigado a se cercar de seguranças e carros blindados 24 horas por dia. Tem vida social restrita e, em casos de urgência, sai do país. Insiste em atender todas as ligações do público, mas ao receber algum envelope ou caixa pelo correio, manda para o raio-x da Rede Globo. Suas matérias vão ao ar aos domingos.

“Há muito mais corrupção além do que conseguimos revelar”, afirma Paul Radu

Paul Radu, Xanic von Bertrab e Sheila Coronel na CGJI2013
Condomínios em Malibu, dinheiro de petrolíferas, contas na Suíça com nome falso. Foi com uma miscelânea de fraudes que a filipina Sheila Coronel começou a palestra Cobertura de corrupção e crime organizado no século 21, na Conferência Global de Jornalismo Investigativo. Sheila é a autora e editora de diversos livros, entre eles “Coups, Cults & Cannibals: Chronicles of a Troubled Decade 1982-1992” (xícara, cultos e canibais: crônicas de uma década conturbada 1982-1992, em tradução livre), uma coleção de reportagens. “É difícil encontrar o suborno, mas é fácil descobrir como o dinheiro do suborno foi gasto”, ela diz, continuando com a pergunta: “Pra que roubar se você não pode comprar?”. Para ela, a maneira mais rápida de começar é pesquisando sobre a família do investigado.