Faustini: “Quer me matar? Entra na fila!”

Depois de 35 anos de jornalismo, Eduardo Faustini não se arrepende de nenhuma reportagem que fez. Mesmo que, para seguir com o seu trabalho, seja obrigado a se cercar de seguranças e carros blindados 24 horas por dia. Tem vida social restrita e, em casos de urgência, sai do país. Insiste em atender todas as ligações do público, mas ao receber algum envelope ou caixa pelo correio, manda para o raio-x da Rede Globo. Suas matérias vão ao ar aos domingos.

O jornalismo a serviço do interesse público

Ele é conhecido como o repórter sem rosto, mas seu trabalho é fazer cair a máscara de criminosos. É impossível não associar a figura de Anas Aremeyaw Anas, prestigiado jornalista investigativo de Gana,  a de justiceiros cuja identidade é mantida em segredo nas populares histórias em quadrinho de super-heróis. Embora não seja dotado de nenhum poder sobrehumano, munido apenas de uma câmera oculta e de um disfarce longamente elaborado, o vencedor de 14 prêmios internacionais e eleito o 5º ganês mais influente em 2011, é um dos responsáveis por manter viva a democracia no país africano, segundo o presidente norte-americano Barack Obama. Site oficial de Anas Aremeyaw Anas (Foto: reprodução)
Assim como Eduardo Faustini, jornalista há 20 anos do Fantástico, da Rede Globo, acredita que todo jornalismo de qualidade é investigativo, Anas parte do pressuposto de que seu trabalho deve servir ao interesse público em primeiro lugar. Além de tornar conhecidas atrocidades que são praticadas com uma frequência assustadora na África, como o tráfico de pessoas e assassinato de crianças, ele tem como missão garantir que os criminosos sejam punidos.