A guerra contra o crime organizado na agenda da imprensa

Narco-máfias em debate na Conferência Global de Jornalismo Investigativo (Foto: divulgação/ Isabela Dias)
Os confrontos armados na Síria, Líbia e Egito têm ocupado as primeiras páginas dos principais jornais do mundo, além dos escassos minutos dos noticiários televisivos em escala global. E não é para menos, afinal desde o início da guerra civil em território sírio, em março de 2011, mais de 100 mil pessoas foram mortas e atingiu-se um total de 2 milhões de refugiados, de acordo com dados divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Outras guerras, no entanto, produzem anualmente índices de dimensões similares, sem que recebam igual visibilidade na imprensa internacional. É o caso do combate ao crime organizado no México que, em 2012, tirou o dobro de vidas de conflitos no Iraque e no Irã. Em conferência realizada nesta segunda (14), terceiro dia da Conferência Global de Jornalismo Investigativo, na PUC-Rio, o jornalista Ricardo Ravelo, da revista Variopinto, apresentou um panorama da questão que virou objeto dos livros El narco en México: lo que hay que saber (O narcotráfico no México: o que é preciso saber – 2011) e Narcomex (2012).