Redes de assistência legal protegem jornalistas investigativos

O jornalista investigativo precisa da assistência das redes de proteção à liberdade de expressão para tornar a profissão mais segura. Esta foi a principal mensagem passada pelos palestrantes da mesa “Contra-ataque: ferramentas legais e outros recursos contra violações”, realizada domingo (13), na 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo. Eles destacaram que o suporte de associações de jornalistas, sindicatos e organismos internacionais é uma das formas mais eficientes de fazer valer o direito à informação. Segundo Peter Noorlander, diretor da Media Legal Defence Initiative, ONG do Reino Unido que presta assistência jurídica a jornalistas, os profissionais devem estreitar relações com grupos que defendem a liberdade de expressão. Noorlander enfatizou que o jornalista precisa ser corajoso para enfrentar as ameaças: “o importante é que ele lute, reaja e nunca se cale para fazer valer seus direitos”.

Professor da Universidade do Texas ensina como proteger privacidade de dados

A espionagem eletrônica está no epicentro das discussões sobre a privacidade dos dados na internet. O Brasil se mostrou um dos alvos preferenciais de espiões do governo americano nas denúncias que surgiram na imprensa nos últimos meses. Estas ações atingiram até a presidente Dilma Rousseff e alguns ministros do governo brasileiro. A devassa de informações pessoais como e-mails e telefones levou Dilma a discursar na ONU pedindo a criação de um marco regulatório para a internet. Esta crise mostrou a fragilidade da privacidade na rede.

Na linha de frente: os desafios e riscos da cobertura de zonas de conflito

Na semana em que o International News Safety Institute (INSI) realizou um treinamento de segurança para 20 jornalistas mulheres no Cairo, capital do Egito, a Conferência Global de Jornalismo Investigativo promove o debate sobre as dificuldades enfrentadas por aqueles que se posicionam desarmados na linha de frente do combate. Segundo dados do Comitê de Proteção aos Jornalistas, a Síria é hoje o país mais perigoso para a prática do jornalismo, com um total de 17 mortos em 2013 e mais de 200 desde o começo da guerra civil há dois anos e meio. Em comparação, ao longo dos seis anos da Guerra do Iraque (2003-2009), 139 jornalistas foram mortos, sendo a maioria iraquianos (veja o infográfico abaixo). Apesar dos números alarmantes, o jornalista da revista Tempo da Indonésia, Edi Pramono Stefanus Teguh, acredita que a reportagem em zonas de conflito deve ir além do relatório de óbitos e incidentes. “Cobrir a guerra não é apenas sobre a guerra.