O Prêmio Daniel Pearl de Excelência em Reportagens Investigativas Internacionais é o único entre os prêmios de jornalismo em todo mundo voltado especificamente para trabalhos transnacionais. Originalmente chamado de Prêmio ICIJ (da sigla em inglês para International Consortium of Investigative Journalists), o prêmio foi renomeado em 2008 em homenagem ao repórter Daniel Pearl do Wall Street Journal, morto por militantes no Paquistão em 2002.
Os dois prêmios de 5 mil dólares para os primeiros colocados e os cinco prêmios de mil dólares para os finalistas visa a reconhecer e incentivar a excelência no jornalismo investigativo transnacional. Além da premiação em dinheiro, os juízes podem, por conta própria, atribuir uma menção honrosa a trabalhos excepcionais ou realizados sob circunstâncias desafiadoras. Os últimos vencedores do prêmio, por exemplo, foram autores de reportagens sobreo abuso sofrido por imigrantes em postos de trabalho nos EUA, sobre a exploração sexual de crianças e mulheres congolesas por membros das tropas de paz da Nações Unidas, entre outros trabalhos de relevância mundial. Fredrik Laurin da TV4 Suécia, Jeffrey Goldberg, da revista The New Yorker, Steve Bradshaw e Mike Robinson da BBC News Panorama estão entre os que já receberam o prêmio.
A premiação acontece a cada dois anos e é aberta para qualquer jornalista ou equipe de jornalistas profissionais de qualquer nacionalidade em qualquer meio de comunicação. O principal critério para inscrição é que o trabalho – tanto na categoria individual quanto em equipe – envolva pelo menos dois países em um tema de significância mundial. Um júri de cinco jornalistas internacionais seleciona os vencedores.
O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos foi lançado em 1997 como um projeto do Centre for Public Integrity com o intuito de tornar mundial o estilo de vigilância do poder público pelo jornalismo. Atualmente, cem jornalistas do ICIJ de 50 países unem forças para realizar reportagens de profundidade e elaboradas.