Saber trabalhar com bases de dados é um diferencial no currículo de jornalistas. No entanto, é preciso que os dados façam algum sentido através da visualização dessas informações.
Durante mais um dia de oficinas da Conferência Global de Jornalismo Investigativo, alguns participantes tiveram a oportunidade de conhecer algumas ferramentas de visualização de dados que podem ser utilizadas on-line e gratuitamente.
Guilherme dos Anjos, gerente de contas sênior do Google no Brasil, apresentou as ferramentas Google Maps Engine, Google Earth e Google Street View e mostrou exemplos de como o jornalismo pode usar mapas para contar histórias. “Uma das melhores experiências com mapas não é apenas olhá-lo, mas poder interagir com os dados e entender os acontecimentos”, afirma.
O Google Maps Engine é uma ferramenta que permite a visualização de dados através do Google Maps. É possível adicionar pinos com informações customizadas, traçar linhas simulando rotas e incorporar o mapa a sites públicos. O mapa personalizado pode ser criado usando a ferramenta diretamente ou importando dados de uma planilha.
Guilherme dos Anjos conta sobre um caso recente que aconteceu na cidade de Calgary, no Canadá, que sofreu com problemas de inundações. O governo criou um mapa próprio sobre lugares que representavam algum perigo, mas as informações não eram atualizadas com tanta frequência. Os cidadãos passaram essas informações para o Google Engine, onde qualquer usuário poderia manipular os pontos e deixar os dados atualizados sobre o que estava acontecendo na cidade.
Existe uma iniciativa chamada Google Crisis Response, que reúne mapas criados a partir de dados sobre situações de desastre, tornando as informações mais acessíveis.
O Google Earth é uma das ferramentas mais famosas do Google, com imagens de satélite animadas em três dimensões. Essa funcionalidade acaba criando uma experiência mais interativa que o Google Maps, principalmente na versão paga, o Google Earth Pro. O Washington Post usou uma imagem retirada do Google Earth para um infográfico sobre o Conclave da Igreja Católica e a Rede Globo frequentemente utiliza o Google Earth na previsão do tempo.
Os satélites levam em torno de 14 dias para tirar fotos do planeta todo.
O Street View está sendo frequentemente usado em situações de “antes e depois”, quando algum local sofre uma alteração significativa. O NY Times publicou uma série de imagens dinâmicas do Street View mostrando o antes e o depois de um tornado em Moore, Oklahoma.
Texto: Fernanda Távora (4º ano, ECO/UFRJ), Carolline Damasceno (4º ano, ECO/UFRJ)
Serviço:
Google Visualize: Google Maps, Earth, and Fusion Table
Com Guilherme dos Anjos (Google Brasil)
Domingo, 13 de outubro de 2013 – 14h