Conferência Global de Jornalismo Investigativo termina com recorde de público no Rio de Janeiro

A 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, o 8º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e a 5ª Conferência Latinoamericana de Periodismo de Investigación formaram um único grande evento em 2013 no Rio de Janeiro, o maior até hoje sobre o tema. Foram cerca de 1300 pessoas de aproximadamente 60 países que participaram das mais de 150 atividades durante os quatro dias do encontro. *Veja o infográfico com o perfil dos palestrantes e participantes da GIJC. Até então, quase todas as conferências globais haviam sido realizadas na Europa, com a exceção de Toronto, no Canadá, em 2007. No encerramento do evento no Rio de Janeiro, Brant Houston, representante da Global Investigative Journalism Network, comemorou o sucesso do evento.

Diretora da IRE realiza treinamento sobre investigação através de análise de redes sociais

Quando se fala em análise de redes sociais, logo vem à mente Facebook, Twitter, Instagram e outras mídias digitais. Mas quando o assunto é investigação jornalística, o foco são os fundamentos por trás de conexões e relacionamentos entre pessoas. Este foi o tema da oficina “Análise de Redes Sociais para Investigações: usando o NodeXL no Excel para determinar influência e corrupção”, ministrada pela jornalista Jaimi Dowdell, diretora de treinamento da Investigative Reporters and Editors (IRE), realizada segunda (14), na PUC-Rio. Essa forma de análise exclui o que as pessoas dizem, suas opiniões ou suposições. “Trata-se apenas das conexões em si”, frisou Dowdell.

Esforços para a proteção dos jornalistas

Proteger os jornalistas, mais do que nunca, é uma questão que precisa ser discutida e articulada em todos os âmbitos sociais. Não apenas para defender a integridade física dos profissionais, mas para garantir a liberdade de expressão e o direito de toda a sociedade à informação. Esse foi o tema do encontro “Proteção para jornalistas: mesa redonda sobre como melhorar a atuação da ONU e da OEA”, realizada na manhã do segundo dia (13) da 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo. A conversa começou com a palavra da advogada Catalina Botero, Relatora Especial para Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), sobre o papel governamental e internacional na proteção de jornalistas em três dimensões: prevenção, proteção e investigação criminal. “Os Estados têm a obrigação de ter um discurso público para prevenir a violência e encorajar os jornalistas em seu trabalho”, declarou a palestrante.

Refinamento de dados em investigações: Microsoft Access e Google Refine

O primeiro dia da 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo contou com uma programação recheada de oficinas sobre ferramentas digitais para facilitar o dia-a-dia dos jornalistas em suas investigações. “Bancos de dados não mentem para você, eles não dizem que vão te ligar depois nem ‘dizem sem comentários’, declarou o jornalista Mark Horvit, diretor-executivo da Repórteres e Editores Investigativos (IRE, na sigla em inglês). O palestrante, ao lado da treinadora da IRE, Jaimi Dowdell, deu dicas básicas para os participantes usarem o programa Microsoft Access durante a oficina “Uso de base de dados em investigações: como evitar erros e limpar dados”, realizada nesse sábado de manhã. À tarde, foi a vez do professor Nils Mulvad, da Escola Dinamarquesa de Mídia e Jornalismo, e do sociólogo Peter Verweij, fundador e diretor da empresa de consultoria e treinamento D3-Media, ensinarem a usar o software Google Refine na oficina “Como usar o Open Refine para limpar dados”. Veja abaixo como funcionam as ferramentas:

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