Pensar a narrativa em diferentes formatos é dever do jornalista

As novas tecnologias mudaram a concepção do fazer jornalístico. Para atrair o público não basta contar uma boa história. Pensar a narrativa em diferentes ângulos também é dever do jornalista que, agora mais do que nunca, deve atuar em equipe com desenvolvedores e designers. Amanda Cox – The New York Times (Foto: Rodrigo Gomes/Abraji)
Essa foi a mensagem que Amanda Cox, editora de visualização do The New York Times, e Mariana Santos, designer de narrativas visuais interativas do La Nación, da Costa Rica, deixaram para os participantes da palestra “Narrativas Multimídia”, realizada nessa terça (15), último dia da Conferência Global de Jornalismo Investigativo, no Rio de Janeiro. Para Amanda, “a narrativa multimídia é capaz de levar os leitores para lugares que provavelmente nunca poderiam ir”, permitindo um envolvimento completo com o conteúdo.

Visualização de dados no jornalismo: uma nova maneira de narrar

A cultura do “faça você mesmo” é essencial para lidar com dados no jornalismo. Essa orientação ficou clara durante a palestra “Jornalismo de Dados no Brasil” da 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, realizada na manhã de hoje (14). No jornalismo de dados, a notícia e a história são contadas a partir de informações complexas, como banco de dados desordenados e construídos sem propósitos didáticos. Para Filipe Speck, jornalista do jornal gaúcho Zero Hora e um dos palestrantes, “quem trabalha com banco de dados tem que seguir o autodidatismo”. José Roberto Toledo, coordenador do site Estadão Dados, também valorizou a iniciativa pessoal do jornalista em se interessar por estatística, programação, design e visualização.