Miriam Leitão diz ter sentido medo ao fazer reportagem sobre índios Awá

A jornalista Miriam Leitão conta suas histórias pela Floresta Amazônica
Jornalista há 40 anos, Miriam Leitão admite: “com tantos anos de carreira, as pessoas pensam se é possível uma jornalista experiente poder sentir medo ao fazer uma reportagem? Sim, e que bom, eu ainda tenho medo!”. Assim, a jornalista descreveu o que sentiu ao viajar para a aldeia Juruti, a convite do fotógrafo Sebastião Salgado e contar a história dos Awá em Paraíso sitiado – a luta dos índios invisíveis, publicada pelo O Globo em agosto desde ano. Com Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil, Veja e O Estado de S. Paulo no currículo, Míriam é atualmente colunista na CBN, no jornal O Globo, comentarista no matutino Bom Dia Brasil (TV Globo) e apresentadora de um programa próprio na Globo News. Miriam contou ao público, que assistia com atenção a seu depoimento, como a reportagem com os Awá a tirou da zona de conforto ao mudar completamente seus personagens.

Miriam Leitão: “o jornalista precisa estar aberto a mudanças”

Uma das mais importantes colunistas e comentaristas do país, Miriam Leitão admite: quer “morrer na reportagem”. Depois de dar uma palestra, responder a perguntas, conceder autógrafos e tirar fotos, Miriam Leitão conversou com a equipe de cobertura do Congresso da Abraji nas escadas de um dos prédios da PUC-Rio. Nesta entrevista, ela conta que a inspiração para a apuração de Paraíso Sitiado, reportagem sobre a qual palestrou, foram as grandes histórias que marcaram o jornalismo impresso. “Eu sou entendida, eu sou vista, como uma jornalista multimídia, mas um segredo aqui entre nós: eu amo o jornalismo impresso”, disse . A sua perspectiva sobre os índios mudou depois que você fez a reportagem?