A matéria investigativa está a um clique de distância. Mas, para achá-la, é necessário procurar no lugar certo. Marty Steffens da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, e Paul Radu, do projeto Reportagens de Crime Organizado e Corrupção, da Romênia, apresentaram, na Conferência Global de Jornalismo Investigativo, as melhores ferramentas de busca que não estão no Google. Elas são usadas como o pontapé inicial para quase todas as investigações sobre negócios internacionais.
Segundo eles, o mais importante é fazer o seu próprio banco de dados. Paul inclusive criou o VIS (http://vis.occrp.org/), um site específico para jornalistas. Lá, eles podem criar um “banco de dados visual”, customizável, para mapear ligações financeiras e pessoais. Se duas pessoas adicionarem uma mesma empresa ou pessoa, ambas recebem um alerta. Segundo Paul, quase sempre há ligações entre banco de dados diferentes. O Investigative Dashboard (http://www.investigativedashboard.org/) também é dele. O portal é colaborativo e ajuda jornalistas em pesquisas sobre crime organizado e corrupção pelo mundo.
Veja oito ferramentas apresentadas por Marty e Paul:
1. http://www.imf.org – O Internacional Monetary Fund mostra as atividades financeiras de 188 países.
2. http://iia-investigations.com – Especializado em investigações financeiras, o International Investigation Agency é uma empresa de investigação e consultoria.
3. http://reporter.org/ – O Reporter foi criado pelo Investigative Reporters and Editors com o objetivo de fornecer recursos para jornalistas. Especializado na busca de pessoas, a página http://www.reporter.org/desktop/tips/johndoe.htm dá um exemplo de como as pesquisas são realizadas. O serviço é pago.
4. http://publicrecords.searchsystems.net/ – O Search Systems é outro portal especializado na busca de pessoas. Ele mantém mais de 55 mil bancos de dados divididos por nascimento, morte, casamentos, licenças, ações, hipotecas, além de muitas outras subdivisões. É pago a partir de certo nível de pesquisa, mas muitas informações são disponibilizadas de graça.
5. http://www.zabasearch.com/ – O Zaba, ferramenta de busca de pessoas e informações públicas é pago. No entanto, a palestrante Marty Steffens pesquisou, como exemplo, o nome do próprio filho e informações como endereço atual e anteriores e celular aparecem de graça.
6. http://www.interpol.int/ – O próprio site da Interpol é uma ótima ferramenta de pesquisa. Lá, eles disponibilizam uma lista de pessoas desaparecidas e outras procuradas por governos de diversos países. Com um diferencial importante: a maioria possui fotos.
7. http://www.imo.org/Pages/home.aspx – Mary Steffens explicou que é muito importante possuir ferramentas de rastreamento de navios, um transporte bastante utilizado para fraudes, já que aeroportos são altamente fiscalizados. Pelo International Maritime Organization é possível rastrear grandes navios por todo o mundo, além de poder entrar em contato com a área administrativa de muitos deles.
8. http://www.pwc.com/gx/en/economic-crime-survey/index.jhtml – PricewaterhouseCoopers (PWC) é uma agência de consultoria que trabalha na imagem de empresas. Ela oferece uma pesquisa sobre crimes financeiros.
Texto: Amanda Rocha (4º ano, PUC-Rio)
Serviço:
Investigando negócios internacionais
Com Paul Radu (Reportagens de Crime Organizado e Corrupção /Romênia), Marty Steffens (Universidade de Missouri/ EUA) — moderação: Xanic Bertrab (free lancer/México)
Sábado 12 de outubro de 2013 – 11:00
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