Como proteger sua identidade e suas fontes online

Ao fazer investigações sobre temas delicados, é essencial que o jornalista tome providências para proteger sua identidade e seus dados. Algumas atitudes cotidianas, que tomamos sem pensar, são potencialmente perigosas, como usar provedores de e-mail gratuitos ou até mesmo o celular. Karen Reilly, diretora de desenvolvimento do Tor Project, alerta que o celular, inclusive, pode ser facilmente rastreável. Um dos maiores erros é acreditar que, ao desligar o aparelho ou o GPS, você está protegido. Na verdade, quando o aparelho está desligado, só interrompe a conexão com satélites, mas continua ligado às torres de telefonia e, assim, não esconde sua localização.

Para König, qualidade do jornalismo investigativo brasileiro melhorou

Para Mauri König, diretor da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e repórter especial da Gazeta do Povo, nesta última década a qualidade do jornalismo investigativo brasileiro cresceu na América Latina. No showcase “as melhores investigações latinoamericanas da última década”, realizada domingo (13), na PUCRJ, o repórter destacou duas reportagens nacionais que ganharam especial destaque para ilustrar sua afirmação: “As Guerras Desconhecidas do Brasil”, de Leonêncio Nossa e Celso Junior, e a série “Diários Secretos”, de Karlos Kohlbach, Katia Brembatti, James Alberti e Gabriel Tabatcheik . “Essas são reportagens que eu gostaria de ter feito na minha vida. Grandes investigações como essas exigem muita paciência, pesquisa e tempo de dedicação”, afirmou König, na mesa que compôs o segundo dia de programação da Conferência Global de Jornalismo Investigativo, que acaba nesta terça (15). Publicada em 2010 pelo Estado de S.Paulo, a série de reportagens “As Guerras Desconhecidas do Brasil” acumulou diversas premiações importantes, como o Prêmio Latino-Americano de Jornalismo Investigativo e o Prêmio de Excelência Jornalística da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), entre outros.

Como investigar e outras histórias: entrevista com Andrew Jennings

Com 46 anos de carreira, o repórter Andrew Jennings revelou bastidores de entidades esportivas, como o COI (Comitê Olímpico Internacional) e a Fifa (Federação Internacional de Futebol). Bem-humorado e atencioso, o jornalista escocês está sempre aberto para dar entrevistas e ensinar os caminhos da profissão.  Nesta entrevista, o autor de “Jogo Sujo – o Mundo Secreto da Fifa” fala sobre sua trajetória profissional, comenta o significado dos protestos de junho e dá dicas para jornalistas iniciantes começarem suas próprias investigações. Como e quando surgiu seu interesse por investigar esportes? Andrew Jennings na Conferência Global de Jornalismo Investigativo. Foto: Katryn Dias
Na realidade, eu nunca investiguei esportes e não sei nada sobre esportes.