O jornalismo de prateleira e a necessidade de buscar novas fontes

Com mais de 40 anos de experiência como jornalista, José Paulo Kupfer, palestrante da mesa “Velhas Fontes, Velhos Vícios: Como renovar as vozes do jornalismo econômico”, do segundo dia da Conferência Global de Jornalismo Investigativo, foi categórico em sua análise sobre a atual conjuntura da cobertura jornalística de economia. O colunista do Estadão criticou o que ele chama de “jornalismo de prateleira”. José Paulo Kupfer na GIJC 2013
Para Kupfer, há entre os profissionais das redações uma acomodação na busca por novas fontes,  fenômeno que considera ainda mais recorrente no jornalismo econômico, resultando em uma cobertura hegemônica, ausente de visões diversificadas sobre a economia brasileira. “É como se as fontes estivessem nas prateleiras do supermercado. O repórter chega na redação e sabe o que vai encontrar.

Os desafios de seguir o dinheiro de grandes empresas

David Cay Johnston, presidente do IRE. Foto: Rafael Rezende
Investigar crimes financeiros é um dos trabalhos mais complexos do jornalismo. Os palestrantes da mesa “Investigando fraudes financeiras” contaram os bastidores de investigações jornalísticas e destacaram as dificuldades de apurar irregularidades na área econômica, especialmente quando elas envolvem grandes empresas, nesta segunda-feira (14), durante a 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo. O jornalista David Cay Johnston, presidente do Investigative Reporters and Editors (IRE), deu dicas sobre como investigar crimes financeiros. Ele disse que é fundamental que o jornalista tenha noções de contabilidade.