Arquivos ajudam a revelar histórias esquecidas

Ocultas em arquivos, histórias reveladoras podem estar esquecidas, à espera de alguém que as descubra. Esta é a lição da mesa Investigações Históricas, que contou com a presença dos jornalistas José Raul Olmos, do mexicano Diario AM;  Germán Jiménez, do portal El Colombiano; e Ewald Scharfenberg, correspondente do jornal El País na Venezuela, com a mediação de Luis Jaime Cisneros, diretor do Ipys. Luis Cisneros, Raul Olmos, Germán Jiménez e Ewald Scharfenberg
Impulsionados pela História, a paixão pela profissão e a vontade de desmascarar fatos ocultos, Scharfenberg, Jiménez e Olmos foram fundo na investigação em arquivos históricos para descobrir mensagens, cartas e ofícios que ajudaram a reconstruir capítulos desconhecidos do exercício do poder. A prática fundamental para o jornalismo investigativo, contudo ainda pouco explorada, na visão de Olmos. “Para isto é necessário paciência, perseverança, olhar crítico e capacidade de atar fios para encadear histórias atrativas”, explicou Olmos.

“É preciso errar muito para encontrar o modelo de negócio sustentável”

Foto: Victor Sena
O modelo de negócio mais adequado para uma organização de jornalismo investigativo depende de suas características e objetivos. Para Reg Chua, editor de dados e inovação na Thomson Reuters, Sheila Coronel, do  Centro Filipino de Jornalismo Investigativo (PCIJ) e Charles Lewis, diretor do Investigative Reporting Workshop, da American University School of Communication, neste ramo ainda não existe uma fórmula ideal para financiar projetos sem fins lucrativos. Os jornalistas estiveram juntos, neste sábado (12), na mesa “O Jornalismo Investigativo como Negócio: Que Modelos Funcionam?”, mediada por Kevin Davis, diretor-executivo da Investigative News Network (INN), que integra a programação da Conferência Global de Jornalismo Investigativo, realizada na PUCRJ até terça (15). Os três concordam que as novas organizações precisam experimentar diferentes meios de financiamento até encontrar as formas mais apropriadas ao seu projeto. Para captar recursos, ressaltam, é fundamental definir o tipo de conteúdo jornalístico que se pretende produzir e deixar claro para o público quem financia as investigações.

Na linha de frente: os desafios e riscos da cobertura de zonas de conflito

Na semana em que o International News Safety Institute (INSI) realizou um treinamento de segurança para 20 jornalistas mulheres no Cairo, capital do Egito, a Conferência Global de Jornalismo Investigativo promove o debate sobre as dificuldades enfrentadas por aqueles que se posicionam desarmados na linha de frente do combate. Segundo dados do Comitê de Proteção aos Jornalistas, a Síria é hoje o país mais perigoso para a prática do jornalismo, com um total de 17 mortos em 2013 e mais de 200 desde o começo da guerra civil há dois anos e meio. Em comparação, ao longo dos seis anos da Guerra do Iraque (2003-2009), 139 jornalistas foram mortos, sendo a maioria iraquianos (veja o infográfico abaixo). Apesar dos números alarmantes, o jornalista da revista Tempo da Indonésia, Edi Pramono Stefanus Teguh, acredita que a reportagem em zonas de conflito deve ir além do relatório de óbitos e incidentes. “Cobrir a guerra não é apenas sobre a guerra.

Os verdadeiros interesses dos grandes eventos esportivos

Follow the money. A famosa frase imortalizada por Garganta Profunda no filme “Todos os homens do presidente” é uma lição que os jornalistas Lúcio de Castro, Andrew Jennings e Rob Rose aprenderam após anos de investigações esportivas. Na palestra realizada nesse sábado no auditório Del Castilho, na Conferência Global de Jornalismo Investigativo, Lúcio de Castro contou detalhes de como investigou, em 2009, o então presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira. “Todos os caras assim têm um homem de finanças por trás. Faltava descobrir quem era esse cara”.

Jornalismo de coragem na América Central

No país de Carlos Martínez a taxa de homicídios é de 80 por mil habitantes
Especialista em cobertura de violência na América Central, Carlos Martínez é repórter do grupo Sala Negra, do periódico digital Ele Faro, de El Salvador. O grupo foi criado em 2011, com o objetivo de criar um modelo regional de cobertura de permanência e imersão em centros penitenciários, quadrilhas, crime organizado e violência. Para Martínez, o diferencial do trabalho é a imersão. “Mais que falar sobre o tema, o importante é compreender o fenômeno que está ocorrendo. E isso só se pode fazer cobrindo um assunto por muito tempo, você precisa ter o tempo e a dedicação de ir até o bairro, sentar, acender um cigarro.

‘Copa do Mundo de jornalismo investigativo’ começa com mais de mil inscritos

David Kaplan saúda jornalistas na aberta da Conferência Global de Jornalismo Investigativo
Mais de mil jornalistas de cerca de 80 diferentes países já estão reunidos na PUC do Rio de Janeiro para a Conferência Global de Jornalismo Investigativo. O evento, apelidado pelo professor da Universidade do Texas Rosental Calmon Alves de ‘Copa do Mundo do Jornalismo Investigativo’, já pode ser considerado o maior realizado sobre o tema até hoje, segundo o diretor da Global Investigative Journalism Network (GIJN), David Kaplan. Serão cerca de 140 painéis e workshops, 240 palestrantes e mais de 200 horas de atividades, muitas das quais simultâneas. O painel de abertura foi apresentado por um dos fundadores da Abraji, o jornalista Fernando Rodrigues, e contou com a participação dos diretores das organizações anfitriãs, Marcelo Moreira, da Abraji, David Kaplan, da GIJN e Augusto Alvarez Rodrich, presidente do Instituto Prensa y Sociedad (IPYS). “Muitos de vocês vieram de lugares distantes, África do Sul, China, Irlanda, Nova Zelândia.

Inscrições para o 8º Congresso de Jornalismo Investigativo podem ser realizadas presencialmente

Quem perdeu o prazo de inscrição no 8º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo poderá realizá-la diretamente no evento, no balcão de credenciamento. Os valores continuam os mesmos e o pagamento poderá ser feito em dinheiro e cartão de crédito e débito. Realizado de 12 a 15 de outubro na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), o Congresso da Abraji acontecerá junto com outros dois grandes eventos internacionais de jornalismo: a 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, realizada pela Global Investigative Journalism Network(GIJN) e a 5ª Conferencia Latinoamericana de Periodismo de Investigación (COLPIN), do Instituto Prensa y Sociedad (IPYS). Será a primeira vez, em oito anos, que a Conferência Global de Jornalismo Investigativo acontecerá no hemisfério Sul. Os inscritos estarão aptos a participar das três conferências, o que torna o Congresso deste ano muito maior.

Terminam nesta sexta-feira as inscrições para o 8º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo

Terminam nesta sexta-feira, 04.out.2013 as inscrições para o 8ª Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. Realizado de 12 a 15 de outubro na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), o Congresso da Abraji acontecerá junto com outros dois grandes eventos internacionais de jornalismo: a 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, realizada pela Global Investigative Journalism Network(GIJN) e a 5ª Conferencia Latinoamericana de Periodismo de Investigación (COLPIN), do Instituto Prensa y Sociedad (IPYS). Será a primeira vez, em oito anos, que a Conferência Global de Jornalismo Investigativo acontecerá no hemisfério Sul. Os inscritos estarão aptos a participar das três conferências, o que torna o Congresso deste ano muito maior. A previsão é de que o evento reúna mais de 1.200 pessoas em quatro dias.

Grupo de estudantes se prepara para a cobertura da Conferência Global

Serão 4 dias, cerca de 140 painéis e workshops, 240 palestrantes e mais de 210 horas de atividades, muitas das quais simultâneas. Para cobrir o maior encontro do mundo sobre jornalismo investigativo, uma equipe de 35 estudantes passou por um treinamento durante quatro sábados para trabalhar não só com texto para web, como também com infografias e vídeos. Se os participantes do evento não podem comparecer a todas as sessões disponíveis, contarão com o registro do grupo para saber o que aconteceu nas outras salas e ver as apresentações dos panelistas. Este ano, a novidade é a organização de diferentes equipes – texto, multimídia e infografia – para diversificar os formatos das matérias produzidas. Durante os sábados do mês de agosto, os alunos participaram de um curso prático que abordou temas como técnicas de reportagem, jornalismo de dados, escrita para a web, novas narrativas e jornalismo empreendedor, com palestras dos consagrados jornalistas Rosental Calmon Alves (Knight Center/Universidade do Texas), Marcelo Moreira (Abraji), Thiago Prado (Veja), Marcelo Beraba (Estadão) e Gabriela Mafort (Stanford).

Conferência Global terá três mini-cursos em português

Além das dezenas de painéis, a programação da Conferência Global de Jornalismo Investigativo tem três mini-cursos que serão ministrados em português. São oficinas já tradicionais nos Congressos da Abraji que abordam práticas e ferramentas básicas e essenciais aos jornalistas. Todas acontecem na segunda-feira (14 de outubro), mas em horários diferentes. Se quiser, o participante pode até fazer um dia inteiro só de treinamento! 11h: Excelências – Onde encontrar informações sobre os congressistas brasileiros
Claudio Weber Abramo (Transparência Brasil)
Saiba como tirar o máximo do Excelências, o único banco de dados do Brasil com informações completas sobre deputados federais e senadores em exercício no Congresso Nacional.